Barriga, barriguda, desbarrigada.


E então eu resolvi escrever.

Estou entrando nas 28 semanas de gestação da Olga, nossa primeira filha de um casamento de quase 8 anos, e que vai muito bem obrigada. J
Bem,quando descobri que estava grávida achei melhor não divulgar muito a notícia (eu já havia passado por uma perda no ano passado, e não foi nada legal os comentários que ouvi quando daquele processo).
Descobrimos com 6 semanas.
Aí decidimos esperar até as 12 semanas para contar para a família (e como demoraram a chegar estas 12 semanas, minha nossa!)...
Contamos só para a família, e eu resolvi esperar mais um pouco para contar aos amigos, para enfim, dar aquele grito de gravidez que toda barriguda que se preze deseja (e merece!).
Esperei até as 15, quando confirmamos o sexo (e a barriguinha já dava fortes indícios de que não eram só gordurinhas acumuladas no meu abdômen!) para contar aos amigos.
No dia que contei (sim, eu publiquei no facebook, como uma retardada qualquer que não tem mais nada para fazer, mas que justifica o fato da felicidade ao saber que esperava uma menininha. Às vezes a felicidade extrema cega a gente! Então foi isso, eu ceguei! Podem me julgar!) foi muito legal! Mesmo! Todos nos parabenizavam, diziam palavras bonitas, enfim, foi uma delícia!
Mas durou pouco. Muito pouco essa minha lua de mel com os conhecidos e amigos falando da felicidade de ser mãe, do maior amor do mundo, enfim.
Porque, de repente, as pessoas começaram a se transformar, sofreram verdadeiras mutações, e todas, absolutamente todas começaram a ter alguma crueldade (que eu até acredito que não seja por mal!) para me falar!
É um tal de “tua barriga está muito baixa” prá lá, “teus pés não deveriam estar inchando desse jeito” prá cá, que eu to cansando de ser simpática!
Hoje minha gente, eu confesso aqui que se pudesse esconder o barrigão, não teria contado para ninguém!
Protegeria minha filha de todas estas opiniões, que eu nunca pedi, e que às vezes vem de pessoas que nem conhecemos! Porque sim, não há pudor que resista a vontade de contar uma tragédia ou deixar uma grávida encafifada com mais alguma dúvida (como se já não houvesse milhões delas cutucando nossas cucas!).
Tenho analisado (e me incomodado!) muito com isto, a verdadeira crueldade que as mulheres que já são mães a mais tempo tem para com as pobres barrigudas com pés-pão de primeira viagem como eu.
E na boa, ainda não consegui entender.
De qualquer forma, tenho pensado muito sobre isto e juro aqui publicamente, que não incomodarei nenhuma grávida sequer depois que Olga nascer.

Juro, juradinho!

Todos nós já fomos barriga, as meninas que fazem parte deste blog, assim como eu estamos barrigudas neste momento, mas logo, logo seremos desbarrigadas, e é aí que entra a minha promessa:

"Prometo ser uma militante ferrenha no que diz respeito ao respeito com as dúvidas, descobertas, inchaços, dorzinhas nas costas, alegrias e a fome (ahhh a fome!) de qualquer gravidinha que cruze meu caminho!"

Beijoca,

Bárbara :)


8 comentários:

  1. Ai Barbara, entendo bem vc.
    A gente escuta cada coisa que desanima mesmo!
    Brigada pelo post.

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  2. Perfeitíssimo!!!! Ando bem cansada de tantos "conselhos", é um tal de não come isso, come aquilo, te prepara....ai gente, as pessoas não nos deixam curtir nossa gravidez em paz....coisa chata mesmo!!

    Amei o texto Bá...perfeito!!

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  3. Bárbara vc disse td!!! Tem mta gente sem noção e a maioria delas são ex grávidas...
    Bom eu sou uma ex/atual grávida e evito mesmo contar qqer coisa trágica que aconteceu comigo ou que eu tenho ouvido falar, pq sei que é ruim demais ficar ouvido más experiências e sentenças alheias de q td q aconteceu com ela vai acontecer cmg...
    Vê se cumpre essa promessa hein!!! As futuras grávidas agradecem ;)

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  4. Parabéns! adorei o texto e que possamos todas pensar 2x antes de fazer qualquer comentário dispensável a alguma futura mamãe.

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  5. Nossa me identifiquei demais com esse post! Sou mamãe da Amália de 28 dias, e durante a gravidez chorava copiosamente com esses comentários, relatos horrorosos de partos e de anomalias em bebes, sem contar que em alguns momentos considerava que estava sofrendo bullying porque nas aulas do mestrado eu era considerada uma aberração, com direito a piadinhas sobre a minha barriga, o nome da pequena e outras bizarrices! Nesses momentos eu sempre pensava: Amália, ainda bem que vc esta aqui!...e ainda bem mesmo...

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